terça-feira, 24 de julho de 2012

FRENTE DE ESQUERDA REPUDIA A AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O TRANSPORTE DE SUZANO

Não houve audiência pública, o que houve foi uma audiência privada.

Nós da frente de esquerda: Suzano para os trabalhadores, repudiamos o que foi chamado de audiência pública pela Prefeitura Municipal de Suzano. Acreditamos que uma audiência realmente pública é uma audiência que abre espaço de fala para todos os presentes, lideranças populares do movimento estudantil e entidades de classe que representa os trabalhadores. 

Na referida audiência a mesa diretora manipulou os trabalhos não dando voz para que ninguém, além do prefeito pudesse se expor. A única intervenção possível seria por escrito, ou seja, uma clara manobra para selecionar qual pergunta seria respondida, omitindo e ocultando perguntas que não fosse de interesse da mesa. Isso é uma atitude completamente antidemocrática e que fere o caráter público da audiência. O prefeito Marcelo Candido afirmou que o Ex-prefeito Estevam Galvão não fez audiência pública quando firmou contrato com a Visul, em nossa avaliação, ele também não fez audiência pública e sim privada ao chamar a população apenas para ouvi-lo e não abrindo espaço para falas.

Gostaríamos de ter perguntado sobre vários aspectos do contrato que ficou extremamente obscuro. Consideramos a intervenção do prefeito muito vaga no que tange às reinvindicações dos movimentos populares, mas muito clara para o setor empresariado, a nova empresa poderá cobrar mais caro a passagem de acordo com o número de gratuidades, isto é, a empresa de ônibus terá o seu lucro intacto com o passe livre para estudantes, e quem pagará mais uma vez será o trabalhador assalariado, que terá que recompensar a empresa pela gratuidade dos estudantes.

Nós defendemos como solução para esse impasse a criação da empresa municipal de transportes, só assim o serviço de transporte não terá como prioridade o lucro e sim a mobilidade urbana da população de forma radicalmente democrática e acessível.

Devido ao fato dessa audiência não ter sido pública e claramente manipulada pela prefeitura, resolvemos abandonar o plenário, e continuar nossos esforços para mobilizar a população contra esse contrato, contra o aumento da tarifa, a favor do passe livre para estudantes e desempregados e a criação da empresa municipal de transporte. Esse contrato não serve para os trabalhadores uma vez que ele atenderá apenas as empresas de transporte e em sua essência repete o mesmo erro do contrato anterior da VISUL, pois continua tendo como principal norte o lucro e o interesse privado.